Vou fazer uma viagem rápida pela minha pintura.
Este foi um dos quadros a óleo que pintei mais cedo. Andava no liceu e numa viagem a Zamora, comprei óleos. Quando cheguei durante as férias borrrei alguns pedaços de tabopan. Deste gostei e ainda o conservo.
A entrada na Universidade de Coimbra permitiu-me a frequência do Círculo de Artes Plásticas. Nessa época o tipo de quadros muda. O conceito de arte é vanguardista. Havia perfomances, muita arte abstracta e imensas experiências em vários domínios. Apesar de tudo dei sempre preferência a quadros figurativos. Fiz parte da direcção e participei em exposições
Ao mesmo tempo fui sempre pintando outros quadros, os tais que não sabia acabar... Mas agora mais suaves, quase monocromáticos, incidindo em rostos. Pensava "o mundo já tem tantos aspectos tristes e aflitivos por que irei eu dedicar o tempo livre a criar mais".A minha maneira de pensar a pintura tinha mudado.
A paixão pela pintura naif foi imediata. De volta trouxe a vontade de retratar, com traços, cores e formas, cenas da vida portuguesa. Comecei por trabalhar em vidro, que mais tarde viria a abandonar: «O desgosto de ter quebrado alguns quadros levou-me a substituir este material pela tela e assumir como própria a forma de pintura naïf. No entanto a experiência com o vidro foi proveitosa: como os quadros se começam do fim para o princípio, isto é dos pormenores para a base, pintada esta parte estava terminado e eu acabava os quadros.
Fiquei fascinada.
ResponderEliminarParabéns.