Quadro de uma participante inicial, mas que foi considerado suficientemente interessante para ser reproduzido na Gazette da Galerie pro arte Kasper, nº166 de Mai-Juin de 1992.
Uma claridade única e uma grande luminosidade.
Para obter essa sensação usei contornos brancos que acho que são os que melhor se adaptam a valorizar a luz de Lisboa - a cidade branca - que no fundo não é nada branca.
Ao mesmo tempo esta "Lisboa" é uma cidade desorganizada, com dois grandes monumentos barrocos entre ruas e casinhas que parecem vir da época medieval. Da época medieval vem também a feira da ladra que escorre pelas encostas abaixo.
Em Portugal funcionava uma galeria que não se esquecia da arte naïf, graças ao trabalho empenhado do Dr. Lima de Carvalho, um eterno apaixonado pela Arte, que, em 1980, no seguimento de uma sugestão da jornalista, Manuela de Azevedo, passou a realizar, anualmente, uma exposição colectiva de pintura naïf..
Na realidade, esta Galeria de Arte, além das habituais exposições de artistas consagrados, passou a organizar, desde a década de 80, três grandes exposições coletivas anuais: o Salão de Primavera, exposição de finalistas das faculdades de Belas Artes de Lisboa e Porto, o Salão de Outono, mostra de Pintura e Escultura de artistas consagrados e o Salão Internacional de Pintura Naïf, modalidade de que era o maior impulsionador a nível nacional.
A Galeria do Casino Estoril é a segunda mais antiga do Pais e proporciona aos artistas excelentes condições expositivas.
O salão Internacional de Pintura Naïf era o evento mais importante de Arte Naïf em Portugal, reunindo obras de artistas de diversos países predominantemente, obras de portugueses, espanhóis e brasileiros.
Vinham artistas de todo o lado que queriam expor neste conceituado salão de arte, a oferta era muita e composta por artistas com talento consagrado.
Expôr no casino estava reservado a quem tinha convite e quem o não tinha, não era facilmente aceite.
Foi neste contexto que resolvi ir ao casino propor a minha participação no Salão, levando alguns quadros comigo.
Fui, acompanhada por uma colega da Escola, a Fernanda Pousada e fomos recebidas por um dos colaboradores do Dr. Lima de Carvalho que muito atenciosamente procurou convencer-me da impossibilidade de expor.
E foi dizendo…talvez no próximo ano, quem sabe? Volte cá nessa altura… depois vê-se… este ano temos o salão cheio…. Já estava a perder a esperança quando lhe mostrei o diploma de participação da exposição de Morges e a notícia na Gazette da Galerie Karl Kasper.
Imediatamente mudou de atitude, olhou para as minhas pinturas de outro modo e .... disse que contava comigo para o próximo salão, para o qual receberia proximamente o convite, as condições de participação e a ficha de inscrição.
A Fernanda Pousada depois comentou: não acreditava em palavras mágicas, agora vi “Morges” foi o “Abre-te Sésamo” do Casino Estoril.
Participei, pela 1ª vez no Salão Internacional de Arte Naïf. Os meus quadros foram apreciados e os coleccionadores compraram. Resultou.
Ao mesmo tempo esta "Lisboa" é uma cidade desorganizada, com dois grandes monumentos barrocos entre ruas e casinhas que parecem vir da época medieval. Da época medieval vem também a feira da ladra que escorre pelas encostas abaixo.
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| "A la pointe du succés, ils sont la cote" - (Na vanguarda do sucesso são os mais populares) |
Em Portugal funcionava uma galeria que não se esquecia da arte naïf, graças ao trabalho empenhado do Dr. Lima de Carvalho, um eterno apaixonado pela Arte, que, em 1980, no seguimento de uma sugestão da jornalista, Manuela de Azevedo, passou a realizar, anualmente, uma exposição colectiva de pintura naïf..
Na realidade, esta Galeria de Arte, além das habituais exposições de artistas consagrados, passou a organizar, desde a década de 80, três grandes exposições coletivas anuais: o Salão de Primavera, exposição de finalistas das faculdades de Belas Artes de Lisboa e Porto, o Salão de Outono, mostra de Pintura e Escultura de artistas consagrados e o Salão Internacional de Pintura Naïf, modalidade de que era o maior impulsionador a nível nacional.
A Galeria do Casino Estoril é a segunda mais antiga do Pais e proporciona aos artistas excelentes condições expositivas.
O salão Internacional de Pintura Naïf era o evento mais importante de Arte Naïf em Portugal, reunindo obras de artistas de diversos países predominantemente, obras de portugueses, espanhóis e brasileiros.
Vinham artistas de todo o lado que queriam expor neste conceituado salão de arte, a oferta era muita e composta por artistas com talento consagrado.
Expôr no casino estava reservado a quem tinha convite e quem o não tinha, não era facilmente aceite.
Foi neste contexto que resolvi ir ao casino propor a minha participação no Salão, levando alguns quadros comigo.
Fui, acompanhada por uma colega da Escola, a Fernanda Pousada e fomos recebidas por um dos colaboradores do Dr. Lima de Carvalho que muito atenciosamente procurou convencer-me da impossibilidade de expor.
E foi dizendo…talvez no próximo ano, quem sabe? Volte cá nessa altura… depois vê-se… este ano temos o salão cheio…. Já estava a perder a esperança quando lhe mostrei o diploma de participação da exposição de Morges e a notícia na Gazette da Galerie Karl Kasper.
Imediatamente mudou de atitude, olhou para as minhas pinturas de outro modo e .... disse que contava comigo para o próximo salão, para o qual receberia proximamente o convite, as condições de participação e a ficha de inscrição.
A Fernanda Pousada depois comentou: não acreditava em palavras mágicas, agora vi “Morges” foi o “Abre-te Sésamo” do Casino Estoril.
Participei, pela 1ª vez no Salão Internacional de Arte Naïf. Os meus quadros foram apreciados e os coleccionadores compraram. Resultou.
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